Fagulhas no céu




Aquele início de noite deixaria mais uma imagem gravada para sempre em minha mente.

Era por volta das 19:00hs de um dia perdido no passado.

Na estação Taboão, a máquina 6, uma locomotiva a vapor, tinha sido engatada na composição que chegou de Campo Limpo. Era ela que levaria o trem até Vargem.

Da casa da minha avó, na Rua 13 de Maio, a visão da estação Taboão era total, e eu estava na janela aguardando o trem partir.

De repente, soou o apito, e o trem começou a se mover vagarosamente. Da chaminé da loco 6 começou a surgir uma chuva de brasas, e quanto mais ela era acelerada, mais alto e em maior quantidade eram lançadas.

A noite estava escura, como eram as noites de Bragança antigamente, e aquela imagem da loco cuspindo fogo e fumaça, passando pelos eucaliptos do campo do Ferroviários, fazendo uma curva para a direita até próximo a Vila Malva, depois sumindo à esquerda atrás do pasto onde hoje é o Jardim América, eu nunca mais esqueci.


Carlos S. Filho



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